Tendência positiva: estudantes com deficiência recebem melhor acompanhamento na França

O Ministério da Educação Superior relata as conclusões do último Comitê Nacional de Acompanhamento da Universidade Inclusiva, que permitiu fazer um balanço dos progressos realizados em termos de inclusão: no início do ano letivo de 2022, mais de 59.000 estudantes com deficiência foram registrados em instituições de ensino superior públicas e privadas, representando 2% do total de estudantes. Um número total que foi multiplicado por 7,7 nos últimos vinte anos.

Foi no âmbito dos objetivos estabelecidos durante a Conferência Nacional de Deficiência de abril de 2023 que esta reunião de acompanhamento foi realizada, um momento de consulta que tinha como objetivo, além de avaliar os progressos realizados, traçar novos objetivos e perspectivas para continuar essa dinâmica de inclusão.
 

Uma dinâmica que está acelerando

"Permitir a todos construir seu futuro garantindo condições de igual sucesso nos estudos é uma missão fundamental do ensino superior e da pesquisa". Foi com estas palavras que Sylvie Retailleau, Ministra do Ensino Superior, abriu esta reunião, testemunhando que o Governo francês "age com determinação nesse sentido". Os primeiros resultados estão aqui, observa a ministra, que mostram "o forte aumento no número de estudantes acompanhados por uma missão de deficiência e a diversificação de seus perfis".

Mais precisamente, o ministério relata que no início do ano letivo de 2022, mais de 59.000 estudantes acompanhados por uma missão de deficiência foram registrados em instituições de ensino superior públicas e privadas de interesse geral, representando 2% do total de estudantes. O ministério destaca que essa dinâmica "se intensificou significativamente desde 2017, visto que o número de estudantes acompanhados dobrou em seis anos, passando de 29.000 para 59.000 pessoas". Mais de 50% dos estudantes acompanhados estão matriculados em cursos de graduação, com predominância nas áreas de letras e ciências humanas, e um aumento nos cursos de engenharia. No entanto, atualmente, há mais estudantes prosseguindo estudos em mestrado (+2,68% desde 2018) e engenharia (+2,73% desde 2018), "o que indica um melhor acompanhamento na continuação do percurso e uma redução da autocensura".
 

Esforços em andamento

O Ministério do Ensino Superior, em parceria com o Ministério responsável pelas pessoas com deficiência, elogia "o trabalho notável das missões de deficiência em individualizar as respostas e coordenar a ação dos serviços da instituição e das equipes de ensino, melhorando assim o acompanhamento dos estudantes".

Os esforços continuarão "para incentivar e apoiar a transformação em direção a modelos adaptados e acessíveis". Entre eles:

  • O acesso a bolsas com base em critérios sociais, que foi facilitado para estudantes com deficiência desde o início do ano letivo de 2023;
  • Os recursos alocados às instituições para melhorar as condições de recepção e estudo estão aumentando significativamente: eles aumentam em 50% na lei de finanças de 2024. Em três anos, esses créditos foram triplicados;
  • O projeto de Universidades Inclusivas Demonstrativas, concretizado já no verão de 2024 com a escolha de três instituições piloto, que deverá auxiliar as instituições "a se tornarem exemplos em termos de acessibilidade".
     

Um apoio que se delineia para a mobilidade internacional

É dentro dessa mesma dinâmica que se insere a iniciativa da France Universités, a conferência que reúne todas as universidades francesas, que acabou de firmar uma parceria com a associação 100% Handinamique.

Esse estreitamento, indica a conferência, destaca "a vontade comum de facilitar a vida dos estudantes com deficiência nas instituições de ensino superior". France Universités e 100% Handinamique escolheram, assim, unir forças em torno de vários eixos de ação, como:

  • A certificação das associações estudantis envolvidas na cultura inclusiva em relação à deficiência;
  • A valorização do engajamento cidadão dos estudantes no âmbito da deficiência;
  • O apoio aos estudantes com deficiência em mobilidade internacional.

Sobre este último ponto, o da mobilidade internacional, France Universités explica que os estudantes com deficiência "às vezes se veem obrigados a desistir de programas de mobilidade, embora isso seja uma fonte de realização pessoal, enriquecimento cultural e uma qualificação profissional buscada, até mesmo exigida por alguns empregadores".

 

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Publicado em 20/03/2024 à 18:42*
Atualizado em 20/03/2024 à 18:48*
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